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domingo, 12 de julho de 2015
Pinguins migram para o litoral de Porto Seguro
Foto: Divulgação / Pat Ecosmar |
Os pinguins encontrados nas praias são na maioria debilitados ou doente |
A ONG Pat Ecosmar registrou os primeiros encalhes de pinguins vivos e mortos nessa temporada nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.
Entre junho e setembro os pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) migram para o litoral brasileiro em busca de alimento.
Alguns pinguins, usualmente os mais jovens, quando entram no mar em busca de alimento afastam-se da costa e acabam pegando carona nas correntes que se deslocam do sul para o norte, podendo chegar até a Bahia e Sergipe.
Alguns pinguins, usualmente os mais jovens, quando entram no mar em busca de alimento afastam-se da costa e acabam pegando carona nas correntes que se deslocam do sul para o norte, podendo chegar até a Bahia e Sergipe.
Os pinguins encontrados nas praias são na maioria debilitados ou doentes: "caso você encontre um pinguim na praia, não o coloque em recipientes com gelo, pois isso pode reduzir a temperatura do corpo do animal, levando-o à morte", informa a ONG.
Em nota enviada à imprensa, a organização não governamental informa ainda que o animal deve ser mantido em local seco e aquecido, até a chegada dos órgãos ambientais que cuidam da remoção e da reabilitação desses bichos. "Não tente capturar os pinguins enquanto estão ainda na água", finaliza a nota enviada pela Pat Ecostmar.
Fonte: Pat Ecostmar.
Eurogrupo retoma negociações sem expectativa de acordo para a Grécia
Os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) retomaram hoje (12), em Bruxelas, negociações em torno de um terceiro programa de assistência à Grécia, mas as expetativas de um acordo são muito reduzidas.
Para hoje também estava prevista uma reunião dos 28 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, imediatamente depois da cúpula da zona euro, mas o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, cancelou o encontro hoje de manhã, pela sua conta do Twuitter, dizendo que a cúpula do euro vai durar até estarem concluídas as conversações sobre a Grécia.
Ontem (11), após uma reunião de cerca de nove horas ter terminado inconclusiva, o Eurogrupo volta a se reunir hoje, antes de uma cúpula de líderes, mas vários participantes manifestaram pouca esperança em compromisso antes do encontro previsto para hoje.
O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro, Valdis Dombrovskis, admitiu ser “improvável” que os ministros das Finanças da zona euro cheguem a um consenso para iniciar negociações formais sobre um empréstimo de três anos (no escopo do fundo de resgate permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilidade), tal como solicitado pela Grécia.
Alexander Stubb, o ministro das Finanças da Finlândia, um dos países apontados como mais duros nas negociações, garantiu que “ninguém vai bloquear um acordo”, mas admitiu que um compromisso está distante, pois são necessários compromissos claros e “muito duros” por parte de Atenas. Ele comentou, em uma escala de zero a dez, as negociações se encontram no nível três ou quatro.
Mais taxativo ainda foi o ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir – outro dos atores das negociações que tem se revelado crítico das posições e propostas da Grécia -, segundo o qual simplesmente “não é possível alcançar um acordo hoje”, mas apenas “avançar com certas recomendações aos chefes de Estado”.
Já o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, disse esperar ainda que seja alcançado hoje um “bom acordo” para a Grécia, advertindo que a zona do euro tem de se revelar à altura de suas responsabilidades. “É preciso ter consciência de que o mundo nos observa e do que o mundo espera. E precisamos estar à altura do momento, porque o que o mundo espera é que nós sejamos capazes de estar à altura de um momento decisivo e que a zona euro se consolide, com uma Grécia reformada no seu seio”, declarou.
Os líderes da zona euro reúnem-se a partir das 16h locais (11h no horário de Brasília), em um encontro vem sendo apontado há vários dias como absolutamente decisivo para a Grécia e para a zona euro e que deverá decidir entre um acordo em torno de um terceiro “resgate” para o país ou a saída da Grécia da zona euro, o chamado “Grexit”.
Fonte: Agência Lusa
Mortalidade de jovens e evasão escolar são desafios do ECA, dizem especialistas
Passados 25 anos da sanção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a legislação tem como principais desafios, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a ampliação de recursos a serem investidos na garantia dos diretos das crianças e dos adolescentes a fim de reverter indicadores como o de mortalidade de adolescentes entre 16 e 18 anos e o de evasão escolar de jovens no ensino médio.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número de assassinatos de jovens adolescentes no Brasil passou de aproximadamente três, em 1990, para mais de 24 por dia no ano passado.
“Veja que o país fez uma mudança importante na proteção da vida das crianças, mas não conseguiu proteger os adolescentes, especialmente, os negros e os que vivem em comunidades populares”, frisou o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef, Mário Volpi.
Situação semelhante é verificada em relação à educação das crianças e dos adolescentes. Após o início da vigência do ECA, o percentual de crianças matriculadas no ensino fundamental saltou de 80% para mais de 98%, segundo dados do Ministério da Educação, compilados pelo Unicef. No ensino médio, entretanto, cerca de 50% dos adolescentes entre 15 e 17 não estão no banco escolar.
De acordo com o gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança e do Adolescentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Clóvis Boufleur, os conselhos tutelares, que são considerados um grande avanço do ECA, também enfrentam problemas, como precariedade no funcionamento.Conselhos tutelares
“Os conselhos estão muito frágeis nos municípios, nos governos estaduais porque se discutem muitos assuntos, mas, como não se tem recurso, não se faz muita coisa. Política sem dinheiro não avança”, criticou Clóvis Boufleur.
Um dos principais problemas desses órgãos é a falta de estrutura. “Alguns conselhos não têm computadores, não têm acesso à internet ou não têm salas privativas para atender adequadamente às famílias e às crianças e aos adolescentes. O conselho tutelar foi o principal órgão criado pela lei para zelar e fiscalizar os diretos da criança e do adolescente”, acrescentou o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos em São Paulo, o advogado Ariel de Castro Alves Ariel Castro Alves.
Para a Fundação Abrinq, que defende o exercício da cidadania de crianças e adolescentes, o bom funcionamento dos conselhos tutelares é essencial para garantia de direitos. “O país precisa melhorar a infraestrutura, a qualificação de profissionais e a destinação de orçamento para a operacionalização efetiva, especialmente dos conselhos tutelares”, afirmou a gerente executiva da Abrinq, Denise Cesário.
Internet
De acordo com o Unicef, o ECA ainda precisa ser aprimorado para incluir dispositivos relacionados aos crimes cometidos por meio da internet.
“Depois do Marco Civil da Internet, precisamos fazer uma alteração sobre os temas relacionados ao uso da internet. Esse é um tema que não está no estatuto e que precisa ser discutido. A internet é um espaço fantástico de socialização, de comunicação, de entretenimento, mas também de risco, abuso, pedofilia, homofobia, racismo”, observou o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef, Mário Volpi.
Líder do Estado Islâmico no Afeganistão e Paquistão é morto em ataque de drone
O chefe do Estado Islâmico no Afeganistão e Paquistão foi morto em um ataque de um drone comandado pelos Estados Unidos, afirmaram hoje (11) as autoridades afegãs.
Segundo a agência de inteligência afegã, Hafiz Saeed foi morto na sexta-feira (10), no Leste do Afeganistão, quando "participava de uma reunião com outros executivos" do grupo.
Hafiz Saeed, ex-comandante da milícia talibã no Paquistão, foi morto em uma operação conjunta de militares afegãos e norte-americanos, disse a agência de inteligência, em comunicado, adiantando que cerca de 30 membros do Estado Islâmico foram mortos.
A ofensiva ocorreu em Achin, distrito próximo da fronteira com o Paquistão, que se tornou um centro para as atividades do Estado Islâmico no Afeganistão.
A morte de Hafiz Saeed é considerada um forte revés para o Estado IslâmicoI, que procura expandir-se no Afeganistão e no Paquistão.
O porta-voz das tropas dos Estados Unidos no Afeganistão confirmou o ataque, mas não especificou a identidade das vítimas.
Fonte: Lusa
Selo vai reconhecer ações positivas de educação financeira no país
O Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) encerra neste domingo (12) as inscrições para o edital do Selo Enef. O objetivo é reconhecer iniciativas que promovam a educação financeira no país e contribuam para o alcance dos objetivos da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef). A informação é da assessoria de imprensa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), integrante do Conef.
O Selo Enef será válido por quatro anos e poderá ser concedido às entidades públicas e privadas que desenvolvam ações de educação financeira alinhadas aos objetivos e diretrizes da Enef. As inscrições podem ser feitas na página Vida&Dinheiro, na internet.
A Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) foi instituída pelo Decreto nº 7.397/10. Ela tem como meta promover a educação financeira e previdenciária, de modo a contribuir para o fortalecimento da cidadania, eficiência e solidez do sistema financeiro, ajudando também os consumidores a tomar decisões adequadas na hora de efetuar investimentos. A CVM destacou que a Enef foi instituída como política de Estado de caráter permanente. Ela envolve iniciativas gratuitas, com predomínio do interesse público.
Além da CVM, são membros do Conef os ministérios da Fazenda, Educação, Previdência Social e Justiça, o Banco Central e instituições do sistema bancário e financeiro. O Comitê mantém convênio com a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF–Brasil) para estruturação e administração de iniciativas de educação financeira.
Fonte:Agência Brasil
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg
Finlândia se recusa a negociar proposta da Grécia no Eurogrupo
O Parlamento da Finlândia considera insuficiente a proposta apresentada pela Grécia aos credores para um resgate financeiro. Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro iniciaram hoje (11) uma reunião extraordinária, a fim de avançar nos acordos com a Grécia para superar a crise no país.
Durante a negociação, os países que se mostraram mais resistentes a um acordo com o governo grego foram Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Alemanha. A Finlândia deixou claro que, mais do que uma questão econômica, há desconfiança na proposta grega. Até agora, não se sabe o alcance que pode ter a posição finlandesa no Eurogrupo.
Devido às diferentes legislações na União Europeia, em alguns dos países, o governo pode aprovar o acordo, mas em outras nações a decisão cabe ao Parlamento. A Finlândia é um dos estados-membros da zona do euro que deverá submeter ao Parlamento qualquer decisão do Eurogrupo.
Presidido pelo holandês Jeroen Dijsselbloem, o Eurogrupo iniciou neste sábado a análise do plano de reformas e a solicitação feita pelo governo grego de um novo resgate, num valor que seria de aproximadamente € 50 bilhões. O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, disse que a proposta do governo de Alexis Tsipras constitui uma boa base para negociação.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse esperar muitos avanços no Eurogrupo para desbloquear um novo programa de resgate à Grécia. O secretário de Estado de Finanças holandês, Eric Wiebes, assinalou que vários governos da zona do euro duvidam do compromisso da Grécia para implementar as reformas propostas em troca de um novo resgate.
Fonte: Da TeleSur
Roberto Jefferson continuará internado para médicos investigarem febre
O estado de saúde do ex-deputado Roberto Jefferson é estável na tarde de hoje (11), e o político continuará internado para que seja investigada a causa da febre que o levou a ser hospitalizado. As informações são do boletim médico do Hospital Samaritano da Barra da Tijuca, onde Jefferson deu entrada na noite de quinta-feira (9).
Segundo o blog do ex-deputado, Jefferson buscou a ajuda dos profissionais porque sofria com febres moderadas intermitentes, que vêm sendo contidas com doses de antitérmicos.
O ex-deputado cumpre prisão domiciliar depois de ter sido condenado a sete anos de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, no qual foi delator. Um sexto da pena já foi cumprido em regime semiaberto.
Em 2012, Roberto Jefferson foi operado para retirada de um tumor no pâncreas e de partes de outros órgãos do sistema digestivo.
Fonte: Agência - Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Cunha comemora decisão que mantém votação da PEC da Maioridade
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comemorou hoje (11) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que negou pedido de liminar para suspender a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Em seu perfil na rede social Facebook, Cunha disse que a vontade da população venceu “a vontade de uma minoria política”.
Eduardo Cunha tem reiterado, em entrevistas, que adotou um procedimento regular e legal durante a votação da matéria. O pedido de liminar foi levado à Corte Suprema por 102 parlamentares de 14 partidos – PMDB, PSB, PDT, PT, PC do B, PPS, PROS, PSOL, PSDB, PV, DEM, PR, PSC e PTC –, que criticaram o procedimento de Cunha durante a votação, por ter levado para apreciação uma pauta mais branda sobre redução da maioridade menos de 24 horas depois de a Casa ter rejeitado projeto semelhante.
Há mais de uma semana, o plenário da Câmara rejeitou uma proposta de redução da idade mínima penal e, após acordo com líderes, no dia seguinte, um texto semelhante foi colocado em votação com algumas alterações. Cunha defendeu que, com a rejeição do texto que foi apresentado como substitutivo, uma emenda aglutinativa – que funde textos de outras emendas ou do teor do texto de proposição principal – poderia ser apreciada.
“Conforme eu já havia dito, a votação respeitou o Regimento Interno da casa de forma cristalina. Não era a mesma matéria, era uma matéria da qual foi rejeitado o substitutivo. A proposta original ficou resguardada”, reforçou Cunha na publicação feita neste sábado.
Ontem (10), o presidente da Câmara enviou uma manifestação ao STF destacando que os parlamentares tentam “minar” o andamento legislativo e explicou que não houve irregularidades no processo, destacando que o Artigo 60 da Constituição Federal – que proíbe que uma matéria seja votada mais de uma vez na mesma legislatura – não pode ser aplicado ao caso de emendas aglutinativas. No documento enviado à Corte, Cunha disse que o segundo turno de discussão e votação exigidos para a aprovação de PECs será em agosto, depois do recesso parlamentar que começa no próximo dia 18.
O ministro Celso de Mello, que ocupa a presidência do STF durante o período do recesso judiciário, explicou que negou a liminar que travaria a continuidade da votação pelo “inexistente risco de irreversibilidade”. Segundo o ministro, como a matéria ainda será votada em segundo turno e isso só ocorrerá depois do recesso, “parece afastada a possibilidade de o procedimento ritual concluir-se de imediato na Câmara dos Deputados, ainda que o segundo turno de discussão (não, porém, de votação) possa ter lugar nesta última semana do primeiro semestre legislativo”.
Para o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) a garantia de que o texto não será colocado em votação na próxima semana foi um recuo do presidente da Casa e o que motivou a decisão de Celso de Mello. “Conseguimos a primeira vitória, que é impedir a votação da proposta em segundo turno na próxima semana. Embora o Regimento [Interno da Câmara] permitisse [colocar em votação], o presidente da Câmara teve que se comprometer a não votar para evitar a liminar. Foi um recuo do presidente da Casa, que percebeu que o Supremo tendia a frear a situação”, avaliou Molon.
Em conversa com a reportagem da Agência Brasil, Molon explicou que os deputados vão continuar mobilizados para tentar convencer parlamentares que votaram a favor da matéria a mudar de posição até o segundo turno. Caso não tenham sucesso e a matéria seja mantida como foi aprovada na semana passada, o grupo vai insistir na briga judicial.
“Vamos insistir com o Supremo [para] que, no momento oportuno, se pronuncie sobre a questão que estamos levando, que é extremamente grave. O comportamento do presidente, passando por cima do Regimento e da Constituição, é uma medida grave para o Congresso, para a democracia e para as minorias. A menos que a proposta seja rejeitada e, por si só, morra”, afirmou o parlamentar fluminense.
Agência Brasil: Carolina Gonçalves – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Brasil conquista quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto
O Brasil conquistou quatro medalhas ontem (11), nos Jogos Pan-americanos de Toronto, no Canadá. Três medalhas vieram do judô e uma da ginástica artística. No momento, os brasileiros ocupam o quinto lugar no quadro geral da competição, que tem os canadenses na liderança, norte-americanos em segundo lugar, mexicanos em terceiro e colombianos em quarto.
A judoca, Érika Miranda, conquistou o ouro, na categoria 52kg, em disputa contra Ecaterina Guica, do Canadá. Érika já havia sido prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, e no de Guadalajara, no México, em 2011. Felipe Kitadai, da categoria ligeiro masculino, também teve chances de conquistar a medalha de ouro, mas perdeu para o equatoriano Lenin Preciado e ficou com a medalha de prata.
Já Nathália Brígida, convocada para substituir a medalhistas do ouro olímpico Sarah Menezes, conquistou medalha de bronze, vencendo a luta contra Diana Cobos, do Equador, na categoria 48kg. A quarta medalha brasileiro foi de prata e veio da equipe masculina de ginástica artística, com o medalhista olímpico Arthur Zanetti e os ginastas Lucas Bitencourt, Caio Souza, Francisco Júnior e Arthur Mariano.
No sábado, o ministro brasileiro do Esporte, GeorgeHILTON, fez um balanço sobre a organização das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, no Centro de Imprensa do parque Pan-americano. A comitiva brasileira é composta pelo presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Nuzman, do presidente interino da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, do Secretário de Esporte do Estado do Rio de Janeiro, Marco Antonio Cabral, e do presidente da Empresa Municipal Olímpica, Joaquim Monteiro de Carvalho.
Durante a conferência, o Brasil assegurou aos jornalistas em Toronto que as obras para os jogos no Rio estão dentro do prazo e que os legados do evento para os brasileiros serão mais que os equipamentos esportivos. Joaquim Carvalho, da Empresa Municipal Olímpica enfatizou as obras da Linha 4 do metrô do Rio, que deve agilizar a mobilidade da Zona Oeste para Ipanema, diminuindo a duração do deslocamento entre as duas áreas de duas horas para 15 minutos.
Já o ministro declarou que o legado das Olimpíadas não trará melhorias apenas para comunidades do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil, com a Rede Nacional de Treinamento. Segundo ele, já foram investidos R$ 4 bilhões que permitiram a inauguração do Centro Pan-americano de Judô, em Lauro de Freitas, na Bahia, a Arena Castro de Atletismo de São Bernardo do Campo, o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais em Brasília e outros.
“Ou seja, o grande legado que ficará, é que você vai ter, em várias regiões do Brasil, centros de excelência e nas cidades onde você tenha condições de fazer o trabalho de iniciação, nós queremos fazer o trabalho de iniciação ao esporte.”, disse HILTON.
O ministro também garantiu que os contingenciamentos no orçamento do ministério não afetarão a entrega das obras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. “Tivemos que fazer uma remodelagem em todo o orçamento do ministério para que não atrasássemos tanto [Complexo Esportivo de] Deodoro como Barra [Cidade dos Esportes]. Então, não haverá atrasos, nós vamos conseguir cumprir [o cronograma]”, afirmou.
Questionado pela imprensa internacional sobre a despoluição da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas para a realização de provas dos Jogos Olímpicos, o secretário Marco Antônio Cabral lembrou que em 2007, o estado do Rio de Janeiro tinha 11% da rede esgoto tratada na Baía e já passou para mais de 50%. “O governo está fazendo todo esforço para chegar aos 80% de despoluição da baía. Além disso, a Lagoa Rodrigo de Freitas, hoje, está apta para receber as provas.”
Fonte: Agência Brasil
Câmara aprova projeto que cria Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
A Câmara dos Deputados aprovou hoje (9) o Projeto de Lei (PL) 2177/11, que institui o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A proposta dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, além da possibilidade de o governo apoiar pesquisas de empresas privadas. O texto segue para aprecisção do Senado.
O texto define as atividades científicas e tecnológicas como estratégicas para o desenvolvimento econômico e social e garante tratamento diferenciado à instituição que comprar bens e serviços do Poder Público e de fundações de apoio à execução de projetos de desenvolvimento institucional da instituição apoiada.
Também serão beneficiadas empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento tecnológico e microempresas e empresas de pequeno porte de base tecnológica, criadas no ambiente das atividades de pesquisa.
O projeto permite ainda que União, estados, Distrito Federal e municípios criem instrumentos de cooperação com órgãos e entidades, públicos e privados, para execução de projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, incluindo o compartilhamento de recursos humanos especializados e da capacidade instalada.
O Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação regulamenta as alterações da Emenda 85, que alterou dispositivos constitucionais para melhorar a articulação entre o Estado e instituições de pesquisa públicas e privadas. O objetivo é integrar instituições de pesquisas tecnológicas e empresas, de modo a acelerar o desenvolvimento do país.
Fonte: Agência Brasil
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Manteiga enriquecida com ácido graxo pode ajudar pacientes com Alzheimer
Pesquisa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo sugere que o enriquecimento de manteiga com um tipo de ácido graxo encontrado na gordura de lacticínios – o ácido linoleico conjugado – pode ser útil para pacientes com a doença de Alzheimer. Testes com ratos mostraram que uma dieta com a manteiga modificada aumentou a atividade de uma enzima, chamada fosfolipase A2, que está ligada à memória.
A fosfolipase atua sobre gorduras que constituem as membranas celulares e os ácidos graxos, que funcionam como mediadores na formação da memória. Em pacientes sem a doença, as membranas celulares são fluidas e renovadas normalmente. Em pacientes com Alzheimer, são rígidas e dificultam a liberação de ácidos graxos, como o linoleico. Ao enriquecer a manteiga, aumenta-se a atividade dessa enzima, contribuindo para a memória.
“Essa enzima é alterada em pacientes com Alzheimer. Então, começamos a olhar o que poderia estar alterado nesses pacientes em relação ao metabolismo de fosfolipase”, disse a chefe do Laboratório de Neurociências, Leda Talib.
Os estudos com essa enzima são feitos há pelo menos 15 anos no laboratório, mas os testes com a manteiga enriquecida começaram há cinco anos com ratos, informou a pesquisadora. O trabalho foi publicado, em abril deste ano, no periódico científico Journal of Neural Transmission.
Os resultados com ratos indicam que a dieta enriquecida com ácidos graxos é eficaz para tratamento do estágio inicial da doença. Ainda será estudado se a manteiga modificada poderia ser usada também como prevenção do Alzheimer. De acordo com a pesquisadora, quando começam a aparecer os sintomas do Alzheimer, a doença já está estabelecida. "Ainda não se sabe em que momento a doença começa e, por isso, dizemos que [essa dieta] poderia ser uma medida preventiva. Ainda vamos investigar."
Quanto aos próximos passos da pesquisa, Leda disse que ainda serão feitos mais testes com animais antes de observar os efeitos em humanos, ainda sem previsão de data. Ela acrescentou que é preciso analisar os efeitos que essa alimentação rica em gordura pode acarretar na saúde dos animais.
Fonte: Agência Brasil
Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
Detectado sinal de galáxia emitido há 5 bilhões de anos
Um telescópio australiano detectou sinal emitido pela galáxia PKS B1740-517, perto da constelação de Ara, lançado há 5 bilhões de anos, informaram hoje (6) fontes científicas da Austrália.
A galáxia foi descoberta pelo telescópio SKA Pathfinder, da Organização para a Investigação Industrial e Científica da Commonwealth da Austrália (Csiro), no Observatório Radioastronômico Murchison, a 790 quilômetros da cidade de Perth.
Em comunicado, a Csiro informou que a descoberta permitirá conhecer um período pouco estudado da história do universo. A equipe liderada por James Allison utilizou uma técnica especial para detectar uma mudança nas ondas de rádio procedentes do centro da galáxia B1740-517.
A emissão de rádio com 5 bilhões de anos estava “gravada” em gás de hidrogênio e viajava em direção à Terra, que é pelo menos 500 anos mais jovem que essa galáxia.
Allison explicou que muitos observatórios não puderam captar este sinal, quase imperceptível, “porque estava escondido no fundo do som de rádio”. No entanto, o silêncio radioeletrônico do observatório permitiu que o sinal fosse captado “claramente”.
Segundo o comunicado, a descoberta da galáxia será anunciada nesta segunda-feira, no Reino Unido.
Da Agência Lusa
A "Rede Brasil Atual" divulga matéria que demonstra o por quê da mídia internacional criticar tanto o Brasil
A pauta negativa sobre o Brasil que não cabe nos manuais
A Petrobras segue no noticiário. O HSBC, das contas podres de tráfico e da evasão fiscal, já sumiu. E a Suíça está bonita na lista anticorrupção da Transparência Internacional. É fácil. Basta não investigar
por Flávio Aguiar, de Berlim publicado 12/07/2015 11:29
CLIVE POWER FROM LONDON / WIKIMEDIA COMMONS
Sem investigação: O banco e seus correntistas suspeitos saíram ilesos de um dos maiores escândalos financeiros de nossa época
Há exatos dois anos, em julho de 2013, uma solenidade em Brasília celebrava os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – fórum consultivo da sociedade instituído pelo governo Lula para ouvir sugestões de empresários, sindicalistas, movimentos sociais, intelectuais e outros atores com algo a dizer sobre os rumos do país. Na ocasião, o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo, então recém-eleito diretor-presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC), protagonizou um dos pontos altos da reunião. Azevêdo expôs com clareza que os dias de lua de mel entre o Brasil e a mídia internacional tinham acabado. Dali para diante, seria ladeira acima.
Não deu outra. Até aquele momento, o Brasil estava na pauta positiva. Lugar atraente para investimentos, a maior e a melhor democracia entre os Brics – senão a única (com o passivo do apartheid ainda pesando sobre a África do Sul), nosso país parecia ser ainda e sempre aquele de e do futuro. Desde então, o bolo brasileiro desandou.
Naquele momento, havia um sutil componente político. Na mesma medida em que o então G-8 perdia importância para o G-20, o Brasil se fizera líder das nações emergentes. Auxiliaram nessa ascensão muitos fatores, entre eles o de ser de fato uma democracia, de não ter guerras com ninguém, de não ser um país militarista nem militarizado e de ser um país sem poderio nuclear. O Brasil era uma opção não contra, mas dentro da hegemonia mundial do capitalismo triunfante. Mas era uma opção diante do predomínio dos Estados Unidos e dos países líderes da União Europeia (Alemanha, França, Reino Unido), secundados pela Itália, Canadá e Japão, que formavam o bloco ocidental dentro do G-8.
Ocorre que esse grupo seleto tinha outro candidato para a OMC, um diplomata mexicano, aquele país que já foi líder da diplomacia independente na América Latina e hoje se vê na condição de ser um irmão menor, ou primo pobre, da América do Norte. E ele perdeu para o brasileiro Ricardo Azevêdo. Os países hegemônicos, mais a imprensa que os representa, da Wall Street à City londrina, de Washington a Frankfurt, ou aquela que não os representa, mas os têm como referência, não ficaram nada felizes.
A essa altura, já havia uma sutil mas significativa campanha que se iniciava contra o ministro Guido Mantega e seu “intervencionismo estatal” na economia. Mas muitas vozes viam tal iniciativa como uma mera ressonância da campanha da direita brasileira, na e da nossa mídia e fora dela. Não a viam como uma iniciativa da própria mídia internacional.
Com o andar da carruagem, isso, que era um ribeiro, tornou-se um caudal, uma torrente vertiginosa. O canal maior dessa verdadeira campanha antiBrasil se abriu com a realização da Copa do Mundo de 2014. Choviam matérias negativas, de todo o tipo, no jornalismo de direita, centro e meia-esquerda em todos os quadrantes do Ocidente. E a chuva caía na TV, na internet, na mídia impressa e no rádio. O tom exaltado era o de que “agora vamos mostrar o verdadeiro Brasil”. E esse “verdadeiro” era um país de eternos favelados, narcotraficantes, governantes inescrupulosos, corruptos, prostituição, pobreza escabrosa, quadrilheiros, sequestros, onde o profissional de jornalismo tinha de andar de colete à prova de balas, enfim um caos.
Veio a Copa, e a única coisa que não funcionou a contento foi o nosso time. O resto só merecia elogios. Mas a contragosto. E as pautas negativas continuaram, depois alimentadas sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, no governo, sempre bordejando a insinuação de que isso é algo “inerente” ao Brasil. Campanhas da direita – da bancada da bala, da redução da maioridade penal, a homofobia que busca se institucionalizar – se diluem nisso de que “o Brasil é assim”. As manifestações antidemocráticas, os pedidos para que a ditadura volte, se diluem numa expressão de um “descontentamento” difuso diante do “caos” ou do “impasse” na economia, na administração pública, coisas cuja raiz jaz na inapetência ou na incompetência brasileira. Ou seja, o Brasil é o Brasil inadimplente porque é o eternamente “atrasado”.
As matérias sobre o “drama Petrobras” se sucedem – insinuando sempre que o Brasil não deveria, por exemplo, explorar o pré-sal, por incompetência, porque trará danos ao meio ambiente, será caro etc. Os únicos personagens brasileiros que merecem alguma intenção positiva são aqueles que resistem ao desenvolvimento econômico, em nome da preservação de um Brasil que, diga-se de passagem, nem sequer existe mais.
Para essa mídia internacional e aquilo que ela representa, a lista de pecados do Brasil só aumentou. Além de a Petrobras ter-se tornado uma das maiores companhias do mundo, o Brasil agora planeja com os Brics a organização de um mundo financeiro alternativo e com bancos independentes. Aliás, os Brics por inteiro só têm direito, em conjunto, a uma pauta negativa. China e Rússia não são democracias, a África do Sul é uma democracia capenga nas mãos dos descendentes do apartheid (de um lado e do outro dele) e o Brasil, bem o Brasil, noves fora, é geneticamente inepto para o mundo moderno.
Na relação com a mídia tradicional brasileira, fica a dúvida sobre o que nasce primeiro, se o ovo ou a galinha. Uma ressoa a outra, ainda que a nossa seja mais provinciana e acanhada. Ao se ler reportagem sobre o Brasil, o mais que se pode esperar é que apareçam referências ao grupo Globo, Folha de S. Paulo, Estado, aqui e aliVeja. CartaCapital não existe, bem como a mídia alternativa (isso eu até entendo, não há nada parecido com a nossa mídia alternativa na Europa, nem mesmo o equivalente a um site como Democracy Now, dos Estados Unidos).
Penso que ideologia neoliberal antiBrasil de hoje tem por alimento principal a pauta dos arautos da City londrina, The Economist e Financial Times, mas ela também ecoa aparentemente pela esquerda no The Guardian e, em tom menor ou pelo menos não tão frequente, no New York Times. Frequenta o Wall Street Journal, de modo mais sóbrio. É frequente no El País. Mas isso não explica tudo.
Há um fator psicológico importante, que abarca a relação editor-jornalista-leitor (esta última palavra num sentido bem amplo, que abrange toda a mídia). O Brasil mudou de lugar no mundo. Na Projeção de Mercator, que informa os mapas-múndi globais, o ponto de vista é determinado a partir do trópico de Câncer, o que transforma o Brasil num anão de pernas curtas frente aos gigantes, como o Alasca e a Groenlândia. Isto cria uma falsa impressão, mas é assim que nos acostumamos a nos ver, e que “eles” nos veem. De repente, o anão-criança-inepto-palhaço virou outra coisa, além do estereótipo de praia-futebol-café-pobreza-corrupção-traseiro-de-mulher-na-raia-ou-na-praia, fechando o círculo.
O Brasil não cabe nos manuais, nem nos marxistas nem nos do FMI ou do Banco Mundial. Nem nos manuais de redação. Isso traz uma insegurança danada. Diante dela, o melhor é tentar devolver o “estranho” ao seu lugar. Por isso, há uma certa sofreguidão em mostrar que no Brasil noves fora, nada fica em pé. Dezenas de milhões de pessoas saindo da pobreza? Um SUS universal que, com suas precariedades, funciona? Uma política social e de auxílio a refugiados que a ONU considera exemplar? Uma presença cada vez mais forte e reconhecida nos fóruns internacionais? Ora, ora, noves fora, nada.
E se tivermos um critério comparativo, a coisa piora. A Petrobras continua no noticiário. O HSBC e suas contas podres de narcotráfico, tráfico de armas e joias, evasão fiscal etc. já sumiu das manchetes e das páginas interiores. Até porque a investigação sobre desvios na Petrobras continua, enquanto a promotoria suíça encerrou a investigação sobre as contas do banco, mediante o pagamento de uma multa irrisória, de 43 milhões de francos, nada, diante dos mais de 100 bilhões em qualquer moeda que se queira daquelas contas.
A Suíça, terra dos paraísos fiscais e da Fifa de Joseph Blatter, ocupa um nobre quinto lugar na lista anticorrupção da ONG Transparency Internacional. Assim é fácil. Basta não investigar.
Grifo Nosso.
Ações do Banco Central para segurar dólar custaram R$ 60 bilhões em dois anos
As ações tomadas do Banco Central (BC) para segurar o dólar têm provocado impacto relevante nas contas públicas. Desde julho de 2013, as operações de swap cambial – venda de dólares no mercado futuro – custaram R$ 60,05 bilhões ao governo federal.
O valor refere-se aos resultados líquidos das operações de swap do Banco Central e são divulgados mês a mês pela autoridade monetária junto com os números de política fiscal. O montante foi incorporado aos juros da dívida pública, que até maio tinham somado R$ 408,8 bilhões no acumulado em 12 meses, equivalente a 7,22% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas produzidas no país).
Desde maio de 2013, quando os Estados Unidos começaram a reduzir as injeções de dólares na economia mundial, o BC voltou a vender dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana. Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap.
A política durou até março deste ano, quando o Banco Central parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária passou a rolar (renovar) 70% dos contratos em vigor.
Apesar da retirada gradual dos contratos, o Banco Central mantém um estoque expressivo de operações de swap, saindo de uma posição zerada no início de 2013 para uma exposição líquida de R$ 356,6 bilhões em maio, segundo os dados mais recentes. O prejuízo de R$ 60,05 bilhões é resultado da diferença entre a valorização média do dólar e a variação dos juros DI, taxas cobradas em transações entre bancos, com valor próximo ao da Selic (juros básicos da economia).
Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro. Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando acontece o oposto.
Por causa das oscilações mensais no câmbio, até agosto do ano passado, o BC tinha lucrado R$ 18,55 bilhões com a venda de dólares no mercado futuro. A conta reverteu-se a partir do mês seguinte, quando a moeda norte-americana começou a disparar durante a campanha para o primeiro turno das eleições presidenciais. De lá para cá, o BC acumulou prejuízo de R$ 78,6 bilhões com as operações de swap, resultando no impacto final de R$ 60,05 bilhões.
Entenda as operações de swap
Criado em 2001, o swap cambial é uma ferramenta que permite ao Banco Central intervir no câmbio sem comprometer as reservas internacionais. O BC vende contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar.
No swap cambial, a autoridade monetária aposta que o dólar subirá mais que a taxa DI. Os investidores apostam o contrário. No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes. Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.
Fonte: Agência Brasil
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
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