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quinta-feira, 30 de julho de 2015
Orangotangos enfrentam extinção em Bornéu, onde o desflorestamento é insustentável, diz ONU
Segundo relatório do PNUMA, se o desmatamento no sudeste da Ásia continuar, 75% da cobertura florestal original da ilha será perdida até 2030.
A conversão em massa das florestas de Bornéu em área para a produção de óleo de palma, em conjunto com o impacto das alterações climáticas, está levando à extinção os orangotangos na maior ilha da Ásia, tornando “claro que um futuro sem o desenvolvimento sustentável será um futuro com um clima diferente e, eventualmente, sem orangotangos, um dos nossos parentes mais próximos”, revelou nesta quarta-feira (29) um novo relatório das Nações Unidas.
De acordo com o documento publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Universidade de Liverpool John Moores, em colaboração com a Parceria para a Sobrevivência dos Grandes Primatas (GRASP), a conversão em massa de florestas de Bornéu para o desenvolvimento agrícola – principalmente para óleo de palmas – vai deixar os orangotangos em perigo de extinção fragmentados e em vias de extinção em uma série de áreas”. Estima-se que 55 mil orangotangos de Bornéu permanecem nas florestas, de acordo com o PNUMA.
“O impacto ambiental da mudança climática agravada pelo desmatamento de Bornéu poderá resultar em graves inundações, aumento da temperatura, redução da produtividade agrícola e outros efeitos negativos”, disse o relatório.
A ilha de Bornéu é divida em três partes pela Indonésia, Malásia e Brunei. Sua taxa de desmatamento está entre as mais altas do mundo há mais de duas décadas e 56% das florestas tropicais de planícies protegidas – uma área quase do tamanho da Bélgica – perdeu-se entre 1985 e 2001. O relatório acrescenta que, se o desmatamento no sudeste da Ásia continuar, 75 % da cobertura florestal original será perdida até 2030.
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