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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Prefeitura de Porto Seguro parabeniza os Dentistas da cidade

Ginho Couto deu uma canja no Cachorrão do Porto


Ontem 24/10/2015 a Passarela do Álcool estava repleta de adultos, idosos e crianças. Os jovens desapareceram sob o efeito da prova do ENÉM.
Mas o point Cachorrão do Porto estava cheio.
O cantor carioca Ginho Couto deu uma canja no fast food e dividiu o microfone com Zana Vieira e Fernando, um dos gerentes do ponto comercial. Cantaram MPB, Rock nacional e internacional, inclusive Elvis Presley, Frank Sinatra e Guns and Roses. Foi tão bom que há promessa de acontecer novamente.

Atlelas indígenas começam a disputar modalidades de integração no JMPI


Um dia depois do previsto, os atletas indígenas começaram a disputar as primeiras baterias eliminatórias das modalidades de integração. As provas do arco e flecha, arremesso de lança e cabo de força – masculino e feminino – abriram os jogos competivivos e o programa esportivo dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI).
Palmas (TO) - Arqueiros de diversas etnias participam das competições no segundo dia dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Cada flecheiro teve direito a três tiros, a 30 metros de distância Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com os organizadores, o desabamento de parte do teto do refeitório dos indígenas adiou o início das sessões esportivas. Embora nenhum participante tenha se ferido, houve um pedido para que as provas começassem nesse domingo (25) em solidariedade aos trabalhadores que se machucaram no acidente.
Prática nobre entre os indígenas, o arco e flecha foi o primeiro esporte do dia. Cada flecheiro teve direito a três tiros, a 30 metros de distância. O alvo – um desenho de um peixe – conferia pontuações distintas, de acordo com o grau de dificuldade: a soma dos acertos indicaria a pontuação final de cada um. O olho do peixe é a região que confere mais pontos ao atleta.
Vinte e três atletas, de 15 etnias brasileiras e oito países, foram inscritos na eliminatória. Até o fechamento desta matéria, a organização não havia divulgado a lista de classificados. Danny Romero, flecheiro da Nicarágua, contou que seu instrumento de competição foi barrado pela imigração do Panamá em seu deslocamento e precisou entrar na prova com um tipo de equipamento bem diferente do que estava acostumado: “Tivemos que comprar outro e treinamos por dois dias com ele”.
A primeira bateria de arremesso de lança contou com a participação de 12 indígenas. As lanças padronizadas – para evitar que alguém trouxesse uma lança mais leve que a outra – poderiam superar os 60 metros de distância, em até três arremessos. Itaguari Pataxó acabou superando a marca alcançada pelo representante norte-americano, vencendo a prova com a marca de 45,31 metros.
Palmas (TO) - Lançamento de lança no segundo dia de competições nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A primeira bateria de arremesso de lança contou com a participação de 12 indígenas Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Não esperava jogar a lança tão longe assim. Foram três meses de treinamento e a técnica é mais importante do que a força. Na hora, eu me concentrei bem, dei uma relaxada na mão e senti a energia e o carinho da torcida. Já mostramos a que viemos. Agora é só treinar mais um pouco”, vibrou Itaguari, que teve o nome de sua etnia gritado pela arquibancada durante sua série de arremessos.
As disputas de cabo de força levantaram o público na arena. A torcida foi intensa, com muitos gritos e aplausos. A animação era maior ainda em embates contra equipes estrangeiras. A disputa entre os índios Manoki e um combinado de atletas dos Estados Unidos e Filipinas fez o público gritar a cada centímetro avançado. A disputa parecia interminável e a bandeirinha mal se movimentava para um lado ou para outro. Os Manoki, por fim, cansaram e foram derrotados, mas não faltaram aplausos.
Enquanto atletas puxavam a corda, membros de cada tribo incentivavam ao lado, motivando com gestos e gritos. Outro embate que levantou o público foi dos Kura Bakairi, campeões nacionais de cabo de força, contra os Maori, da Nova Zelândia.
Os neozelandeses assumiram a dianteira na disputa, puxando a corda com força, em movimentos coordenados. Parecia uma disputa resolvida, quando a tribo da oceania perdeu gás e os Kura Bakairi mostraram porque são campeões nacionais. Recuperaram os metros perdidos e venceram o confronto. Muita festa dos índios brasileiros. Ao final, as duas tribos se abraçaram, mostrando espírito esportivo.
Palmas (TO) - Índios de diversas etnias participam do cabo de força no segundo dia dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
As mulheres também entraram na arena para a competição de cabo de força  Marcelo Camargo/Agência Brasil
As mulheres também entraram na arena para a competição. Destaque para as índias Pataxó, que contaram com o grito das arquibancadas e dos membros da tribo, com seus manacás, no cabo de força contra as peruanas. Já as Bororo Boe não deram chance às panamenhas. Cinco mulheres que passaram mal durante os confrontos receberam o atendimento médico, que estava a postos nas areias da Arena Verde.
Manifestação
Um grupo de cinco indígenas das etnias pataxó, krikati e xacriabá entraram na arena de competições trazendo cartazes em inglês e português contra a PEC215, denunciando o genocídio indígena e cobrando a demarcação de terras indígenas. Um deles chutou uma das bandeiras de marcação da área de lançamento da lança. O protesto foi pacífico.

Nathália Mendes - Repórter da EBC *
* colaborou Marcelo Brandão

Índice de Confiança do Consumidor cai 0,8% em outubro




O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas, caiu 0,8% em outubro deste ano, em comparação a setembro. Ao marcar 75,7 pontos, o indicador atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005, pelo quarto mês consecutivo.
A queda foi provocada por menor confiança dos consumidores no momento presente, já que o Índice da Situação Atual do ICC caiu 2,1% em outubro, em relação a setembro. O componente que marca o grau de satisfação com a atual situação econômica foi o que mais contribuiu para o recuo do ICC. Em outubro, apenas 2,7% dos consumidores avaliam a situação econômica local como boa, enquanto 86,3% a consideram ruim.
Já o Índice de Expectativas, que avalia o otimismo do consumidor em relação aos próximos meses, manteve-se estável no menor nível da série (81,1 pontos). A parcela dos consumidores que pretendem comprar mais nos próximos seis meses caiu de 9,3% para 8,9% enquanto dos que projetam compras menores passou de 46,5% para 45,3%.
A maior queda da confiança foi observada nos consumidores de renda mais alta (acima de R$ 9.600 por mês): -2,9%.

Edição: José Romildo  Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

Comediante evangélico Jimmy Morales é o novo presidente da Guatemala

O comediante evangélico Jimmy Morales vota no segundo turno das eleições que o elegeu presidente da Guatemala
O comediante evangélico Jimmy Morales vota no segundo turno das eleições que o elegeu presidente da GuatemalaSantiago Billy/EFE/Agência Lusa
O comediante evangélico Jimmy Morales venceu ontem (25) o segundo turno das eleições presidenciais na Guatemala com um resultado histórico, ao obter o dobro de votos da principal adversária, Sandra Torres.
Com 100% dos votos apurados, Morales, de 46 anos, da Frente de Convergência Nacional, foi eleito presidente do país da America Central, com 67,43% dos votos. Sua rival, a ex-primeira-dama Sandra Torres, da Unidade Nacional da Esperança (UNE), obteve 32,57% dos votos. A diferença de votos entre eles foi de 1.421.658.
Segundo os dados atualizados do Supremo Tribunal Eleitoral, publicados em seu portal, dos mais de 7,5 milhões de guatemaltecos chamados às urnas, no domingo, 4.253.417 votaram, o que significa uma participação de 56,29% e uma taxa de abstenção de 43,71%.
Morales, comediante e animador de televisão sem qualquer experiência política, que se torna agora o décimo presidente da era democrática da Guatemala, toma posse no dia 14 de janeiro do ano que vem, para um mandato de quatro anos (2016-2020).
A vice-presidência vai ser ocupada por Jafeth Cabrera, ex-reitor da Universidade estatal de San Carlos.
Desde a instauração da democracia em 1985, o candidato mais votado em um segundo turno eleitoral foi Vinicio Cerezo, da Democracia Cristã Guatemala (DCG) que, nesse mesmo ano, alcançou 68,37% dos votos, contra 31,63% do seu adversário, Jorge Carpio, da União do Centro Nacional (UCN).
Outra memorável eleição foi a de 1999, quando Alfonso Portillo saiu vencedor com 68,31%, contra 31,69% de Oscar Berger, do PAN.
Edição: Talita Cavalcante

PF deflagra nova fase da Operação Zelotes em três estados e no Distrito Federal


A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (26) uma nova fase da Operação Zelotes, responsável por investigar organizações criminosas que atuavam na manipulação do trâmite de processos e no resultado de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A estimativa é que tenham sido desviados mais de R$ 19 bilhões.
De acordo com comunicado da corporação, cerca de 100 policiais cumprem 33 mandados judiciais, sendo seis de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Piauí e Maranhão e no Distrito Federal.
A Operação Zelotes começou no dia 26 de março deste ano e esta nova etapa aponta que um consórcio de empresas, além de promover a manipulação de processos e julgamentos dentro do Carf, também negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor automobilístico.
“As provas indicam provável ocorrência de tráfico de influência, extorsão e até mesmo corrupção de agentes públicos para que uma legislação benéfica a essas empresas fosse elaborada e posteriormente aprovada”, informou o comunicado.
Os crimes investigados pela PF incluem tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Na semana passada, a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda abriu o primeiro processo administrativo disciplinar para apurar responsabilidade funcional de um envolvido na Operação Zelotes. A pasta não informou o nome do conselheiro investigado.

Edição: Denise   Paula Laboissière - repórter da Agência Brasil

sábado, 24 de outubro de 2015

Cachorrão do Porto tem 23 centímetros de gostosura

Há dois meses sediado na esquina da Passarela do Álcool o Cachorrão do Porto promete matar  o desejo de quem quer comer um cachorro quente gigante. Com muito sabor os sanduíches de 23 centímetros vão dar muito o que falar na cidade. Acompanhe a entrevista com Luciano, um dos empreendedores do negócio.


Notícias de hoje, Porto Seguro, 24/10/2015


Inpe: mortes por raios aumentam na Região Norte por causa do aquecimento global


Brasília Entrevista coletiva do Coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do IMPE Osmar Pinto Jr (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Osmar Pinto Junior diz que o aquecimento global faz aumentar o número de mortes por raios no paísAntonio Cruz/ Agência Brasil

O número de mortes por raios na Região Norte está aumentando e a tendência é que a incidência do fenômeno continue crescendo na região, por causa do aquecimento global. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e fazem parte do livro Brasil: Que raio de história, que está sendo lançado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em andamento até domingo (25) em Brasília
O estudo, realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Inpe, compara dados do primeiro levantamento de mortes por raios, de 2000 a 2009, com dados do segundo, de 2000 a 2014. De 2000 a 2014, 1.789 pessoas morreram atingidas por raios em todo o país. O número médio de mortes por ano caiu de 132 para 111 , mas, apesar da redução nacional, as mortes na Região Norte aumentaram e passaram de 18% para 21% dos casos.
O Sudeste continua com o maior número de vítimas, por ter maior população, mas agora com 26% dos casos, contra 29% antes. Nas demais regiões, os dados seguem o padrão nacional de diminuição. Segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, a falta de acesso à informação pode ser a causa para o aumento de mortes no Norte, por ser uma região com cidades pequenas e muito distantes dos centros urbanos. Segundo Osmar, na Região Norte existe também a tendência de aumento da população, assim como o aumento da incidência do número de raios, porque é a região que mais está esquentando, devido ao aquecimento global (cerca de 7 ºC até o fim do século).
Em setembro, o Inpe lançou um sistema de previsão de raios que pretende informar onde eles irão cair no dia seguinte. Osmar conta que o sistema deve entrar em operação em janeiro de 2016 e a ideia é firmar parceria com as emissoras de televisão para que, assim como a previsão do tempo, seja divulgado o serviço de previsão de raios.
Apesar de registrar a maior incidência de raios no mundo, por ser o maior país localizado na região tropical, o Brasil é o sétimo em número de mortes, atrás da China (média de 700 mortes por ano), Índia (450), Nigéria (400), México (220), África do Sul (150) e Malásia (150). Osmar explica que o padrão de ventos e a alta temperatura da região influi diretamente na formação de tempestades.
O coordenador do Elat alerta ainda que, apesar da tendência de aumento de raios no Norte, de forma pontual neste verão, por causa do fenômeno El Niño, a Região Sul será muito atingida. “No inverno, já tivemos 500% mais raios se comparado a 2014. No Sudeste o aumento foi 100%”, diz Osmar.
Circunstâncias das mortes
Apesar do número de mortes em atividades agropecuárias ser maior, com 25% dos casos, uma das preocupações do Inpe é com o aumento, de 12% para 19%, do número de pessoas que morrem por raios dentro de casa. Segundo Osmar é um número muito alto. Ele cita os Estados Unidos que tem uma média de 30 mortes por ano por raio e 1% delas é dentro de casa.
“É verdade que dentro de casa a pessoa está mais protegida que ao ar livre, mas não completamente, pois o problema vem pelas redes elétrica e telefônica. Precisamos melhorar a segurança dessas redes com apoio do governo e das empresas”, diz o coordenador do Elat.
Osmar orienta as pessoas a evitar banhos no chuveiro elétrico, falar ao telefone com fio e ficar próximo a eletrodomésticos e grande objetos metálicos, durante tempestades. Falar ao celular não é perigoso, desde que ele não esteja conectado ao carregador.
Além das citadas, as principais circunstâncias de mortes por raios são no transporte, embaixo de árvores, em campo de futebol e na praia.
Perfil das vítimas O Inpe destaca ainda que a idade das vítimas tem diminuído consideravelmente. O índice daqueles com menos de 24 anos mortos por raios passou de 40% para 68%. Segundo Osmar, as orientações sobre como se proteger de raios chegam mais fácil à população adulta do que aos jovens e crianças.

“Ou o jovem não recebe ou negligencia a informação, o que sugere que devemos fazer ações votadas para esse público. Uma sugestão é que os livros didáticos tragam informações para que as crianças percebam o perigo dos raios e ao longo das próximas gerações tenhamos crianças mais protegidas”, afirma Osmar.
Além dos dados de mortes por raios, o livro traz a evolução do significado desse fenômeno natural, que antes era visto como uma manifestação mais mística e hoje está mais ligado à ciência e em como os raios podem ajudar a prever o futuro do clima.

Edição: Jorge Wamburg  Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Jogos Indígenas: paresis lutam, mas perdem para favoritas canadenses no futebol


Palmas (TO) - Indígenas de várias etnias se reuniram para acompanhar o jogo entre as mulheres Paresi e o time do Canadá na única arquibancada instalada no campo do 1 Batalhão da PM (Nathália Mendes/Agência Brasil)
Indígenas de várias etnias se reuniram para acompanhar o jogo entre as mulheres Paresi e o time do Canadá, na única arquibancada instalada no campo do 1º Batalhão da Polícia MilitarNathália Mendes/Agência Brasil
De um lado do campo, as jogadoras do povo Paresi Haliti, vindas do Mato Grosso. Quase todas as mulheres que compõem a delegação estavam lá: onze em campo e sete reservas, para a estréia em Palmas, capital do estado do Tocantins.  Apenas três delas não foram ao campo, no jogo de estreia contra as canadenses, favoritas do futebol feminino nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas e que jogam até em liga organizada. Apesar da diferença técnica, a derrota brasileira foi de apenas 1 a 0.
As brasileiras não jogam futebol frequentemente. Elas só passaram ter uma rotina de treinos em junho, quando foi confirmada a participação do time feminino no Mundial. O único campo existente na aldeia é de futebol society, com dimensões menores que o gramado oficial. “Não jogamos em campo oficial. Achamos difícil por causa do tamanho”, reconheceu a goleira Valquíria, vencedora de torneios locais no campo reduzido.

Indígenas de várias etnias se reuniram para acompanhar o jogo entre as brasileiras e o time do Canadá, na única arquibancada instalada no campo do 1º Batalhão da Polícia Militar. As atletas paresi usavam uniforme amarelo, com detalhes pretos e chuteiras coloridas.
Do outro lado, com uniformes vermelho e branco – nas cores da bandeira do país –, as jogadoras de três tribos canadenses: Cree, Dene e Dakotas, que fazem parte da nação Saskatchewan, uma das primeiras da Columbia Britânica. Elas jogam juntas desde novembro passado e foram selecionadas durante os torneios dos povos tradicionais, que aconteceram durante o ano.
Nível profissional
Sede da última Copa do Mundo para as mulheres, o Canadá conta com uma liga de futebol indígena. A NIFA, na sigla em inglês, foi criada em 1990 para desenvolver o esporte entre os indígenas em nível profissional. Hoje, são aproximadamente 300 jogadores filiados em várias categorias. As atletas que vieram para Palmas estão na faixa de idade entre 18 e 28 anos.
Desde que o árbitro apitou pela primeira vez nesta quinta-feira (22), no campo do 1º Batalhão da Polícia Militar, as diferenças técnicas e táticas entre os dois times do Grupo 7 logo apareceram. As canadenses mostravam aplicação dentro de seu sistema de jogo, além de mais afinidade com a bola no pé.
As paresis tentavam igualar a partida na base da disposição. Encolhidas em seu campo defensivo, as indígenas brasileiras mal se aproximaram da goleira adversária, que conseguiu passar a partida inteira quase sem ser ameaçada.
Palmas (TO) - Times canadenses trouxeram material esportivo personalizado para a primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas (Nathália Mendes/Agência Brasil)
Time canadense trouxe material esportivo personalizado para a primeira edição dos Jogos Mundiais IndígenasNathália Mendes/Agência Brasil

Fora das quatro linhas, as canadenses tinham o respaldo do técnico, Dano Thorne, e de uma comissão técnica completa. A estrutura das visitantes é semelhante à de times profissionais – elas contam com material esportivo personalizado fornecido por uma grande empresa, bolas para aquecimento e treinamento, kits de hidratação e uniforme completo. As paresis tiveram que trazer sua própria água, em poucas garrafas de plástico, para se refrescarem. A organização não disponibilizou a bebida para as atletas.

Edson Onaizokae fez as vezes de treinador das mulheres paresi – posto dividido com outros familiares. “A gente viu que, na parte do jogo, as canadenses são bem profissionais. As meninas tiveram dificuldade de encará-las e um pouco de medo”, admitiu.
Mesmo com o calor de Palmas – totalmente diferente da temperatura negativa a que estão acostumadas no norte do Canadá –, as canadenses se mostraram mais inteiras até o final, com direito a duas bolas na trave.
E foi justamente nos minutos finais de jogo que saiu o gol da vitória do Canadá. A atacante Brittany arriscou de fora da área e acertou o ângulo de Valquíria, destaque das paresis com defesas importantes. “Sentimos o cansaço. A defesa foi bem, mas faltou entrosamento e ataque. A gente jogou bem, mas não chutou”, lamentou Valquíria ao reconhecer o esforço das colegas em parar um time muito melhor preparado.

Autora do gol do jogo, Brittany não quis ficar com o crédito pelo resultado: “Foi um trabalho de equipe. Elas tinham alguma vantagem por estarem mais adaptadas ao clima do Brasil. Foi muito difícil por conta da mudança drástica de clima, mas acho que nós trabalhamos bem e demos o melhor de nós”.

A equipe paresi haliti entra em campo novamente neste sábado (24), às 7h (horário local), para enfrentarem as indígenas do povo Canela, no estádio Nilton Santos – sede principal do futebol nos Jogos Mundiais. No dia seguinte, no mesmo horário, canadenses e canelas fecham o triangular, também no estádio da cidade.

Vinte e sete times de futebol feminino estão inscritos nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. A primeira fase começou na última quinta-feira (22), com nove partidas. Os primeiros de cada um dos nove grupos vão para a segunda fase, bem como os sete times de melhores campanhas subsequentes aos classificados.
As vencedoras de cada jogo estarão nas quartas de final. A final está inicialmente marcada para o próximo dia 31, às 19h30 (horário de Palmas), no estádio Nilton Santos, mas está sujeita a alterações e pode ser antecipada para a sexta-feira (30).
 
Edição: Jorge Wambur  Nathália Mendes - Enviada especial da EBC

Fica pronta a orla de Itapoã em Salvador e é inaugurada pelo Prefeito ACM Neto

Em Abril de 2015 as obras da orla de Itapoã estavam estagnadas. Nossa reportagem estava nesta época em Salvador e apurou com a população local que a obra não andava pois todo material de construção que chegava no local era furtado na noite que chegava, mas pelo jeito, enfim a Prefeitura conseguiu vencer esse conflito. Parabéns.
Inauguração orla de Itapoã aconteceu, venha passar uma tarde em Itapoã, como diz na letra da música de Vinicius de Morais.

Pescador desaparece em alto mar em Porto Seguro

Um tripulante de uma embarcação pesqueira está desaparecido no mar na altura da cidade de Belmonte, segundo a Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN), da Marinha. O órgão iniciou as buscas por volta das 9h de quinta-feira (22), quando o caso foi comunicado à Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Seguro.

Marcio Sena de Souza, de 24 anos, estava no barco "Arthur Filho", que partiu de Porto Seguro no dia 19 de outubro e tinha previsão de volta nesta quinta-feira (22). Segundo a Capitania, foi informado que ele usa um colete salva-vidas e que teria caído no mar por volta das 4h desta quinta, quando navegava a cerca de 40 km da costa, perto da cidade de Belmonte.

A vistoria é realizada pelo Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Leste, a partir de uma equipe de Inspeção Naval da DelPSeguro e do Navio-Patrulha “Gravataí”. Foi instaurado um Inquérito Administrativo Sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), com prazo de 90 dias para conclusão.

Fonte:Radar 64

Manifestação em Machu Picchu, no Peru bloqueou estradas e prejudicou turismo local

Duas turistas da Bahia que visitaram Machu Picchu, no Peru, estão sem poder sair de Águas Calientes - ponto mais próximo do parque arqueológico Inca - por conta de uma manifestação realizada pela população da cidade, e também de Cusco, que dura cerca de 48 horas e que continua nesta quinta-feira (22), segundo contam. Elas dizem que os manifestantes temem que o governo permita que empresas públicas e privadas administrem o parque, Patrimônio da Humanidade, por 10 anos.
A engenheira de alimentos Larissa Carvalho disse que o isolamento foi provocado pelo bloqueio das estradas, que impediu a circulação do ônibus de Águas Calientes até a entrada do parque ou de retorno para cidade de Ollantaytambo, que faz parte do caminho de volta para Cusco.
"Tem muitas pessoas, muitos turistas perdendo voos, as empresas de trem, que dão acesso de Ollantaytambo a Águas Calientes, não dão informação, e nós não sabemos quando vamos sair daqui", disse. "Parece que o governo peruano não está divulgando muito essa situação. E tem vários brasileiros, crianças, pessoas mais idosas. Muitas pessoas estão exaltadas, já tentaram invadir a estação e a gente quer ajuda porque vamos ficar presos aqui e não sabemos quando vamos voltar", complementou. 
A amiga Lucilene Muniz explicou que desde a terça-feira (20), dezenas de brasileiros sem poder retornar para Cusco. Alguns deles, comentou, optaram por andar trilha de cerca de 12 km até uma hidrelétrica e, de lá, arriscaram de pegar um ônibus até Cusco. Em outro caso, disse que um grupo tentou viajar de carro e foi abordado por manifestantes.
"Um grupo desceu até a hidrelétrica, porém passou aperto na estrada, porque o carro foi parado pelos manifestantes, furaram os pneus. Tiveram que trocar de carro cerca de quatro vezes até Cusco", relatou. "É um aburso porque o governo do Peru está abafando as notícias. Em Lima, ninguém sabia o que está acontecendo", disse.
Lucilene Muniz contou que, por volta das 18h desta quinta-feira (no horário do Peru - duas horas a menos), pessoas que já têm tíquete comprado vão começar a embarcar de Águas Calientes para Ollantaytambo, mas ainda não há perspectiva para elas retornarem.  As amigas conseguiram visitar o parque por volta das 7h de quarta-feira.
"Nós e outros brasileiros nos comprometemos a divulgar a informação porque a censura do governo a essa notícia é muito indigesta. Conversamos com nativos que estão tentando pegar o trem e eles não sabiam o que estava ocorrendo. É muito injusto com a população daqui também, que está ilhada. A privatização irá prejudicá-los muito, mas a falta de informação é um desrespeito com os turistas", reclamou.
Por G1

Lei que garante venda de meia-entrada na web é sancionada

Foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), a lei que obriga o fornecedor de ingresso a disponibilizar a meia-entrada também para vendas on-line. A sanção da Lei 13.179 foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23).
De acordo com a publicação, a comprovação do benefício será garantida com a apresentação da documentação no ingresso do evento cultural. A empresa vendedora deverá especificar antes da conclusão da compra qual documento será reconhecido como comprovação. Isso também deverá estar fixado em local visível na entrada do evento. Quem não tiver com o documento comprovante de meia-entrada no momento do acesso, perderá o ingresso.
De acordo com a publicação, quem não tiver como comprovar o benefício na entrada poderá completar o pagamento e pagar o valor integral do ingresso. Caso as informações não estejam anunciadas, o consumidor prejudicado terá direito à devolução imediata do valor pago, sem prejuízo de eventual indenização por perdas e danos.
Por Bahia Notícias

Bahia tem 580 mil inscritos no Enem; 61% são mulheres



Mais de 60% dos 580 mil inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Bahia são mulheres, apontou balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). 
Segundo pesquisa, 80% dos estudantes se declara como pardos e 14% como brancos, enquanto 0,7% são indígenas. Dezoito pessoas se declararam travestis ou transexuais. Entre os inscritos, 110 solicitaram atendimento por serem idosos, 696 por serem lactantes e outras 567 por estarem grávidas. 
Outras 3.939 pediram auxílio por questões como deficiência auditiva, baixa visão, dislexia, cegueira, surdez, deficiência física e autismo. Ao todo, 63% dos baianos que farão o exame já concluíram o ensino médio.
Por Bahia Notícias

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Porto Seguro: Notícias de hoje, 23/10/2015 - Busca Porto Seguro


Câmara aprova financiamento da Lei Rouanet para turismo cultural


Voltada para o financiamento de projetos culturais, a Lei Rouanet, que concede isenção de imposto a empresas que financiem tais atividades, também poderá ser usada para financiar apresentações artístico-culturais de apoio ao turismo. A modificação consta do Projeto de Lei (PL) 5.559/09, aprovado hoje (22) na Câmara dos Deputados.
O texto aprovado é um substitutivo ao projeto do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) e inclui as apresentações artístico-culturais de apoio ao turismo entre os projetos que poderão contar com os benefícios de incentivo concedidos por meio da Lei Rouanet (8.313/91) para captação de recursos. Hoje a lei permite que empresas deduzam, do imposto devido, doações para ações culturais.
De acordo com o substitutivo aprovado, de autoria do deputado Alex Manente (PPS-SP), essas apresentações terão direito aos incentivos se o projeto for aprovado pelo Ministério do Turismo. Esses eventos deverão promover destinos e produtos turísticos brasileiros com o objetivo de estimular a vinda de turistas e de eventos ao país.
O projeto segue agora para o Senado.
Edição: Nádia Franco  Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil

Produtos Natura: Solicite pela internet e receba sem sair de casa

“Nos trouxeram só para dizer sim”, diz indígena sobre a Lei da Biodiversidade

Representantes de povos indígenas que vieram esta semana para Brasília, a convite do Ministério do Meio Ambiente, para uma oficina nacional sobre a nova Lei da Biodiversidade se recusaram a participar da audiência pública hoje (22), no Ibama, sobre a regulamentação da lei. A legislação define regras para o acesso a recursos da biodiversidade nacional por PESQUISADORES e pela indústria. Trata também do direito dos povos tradicionais à repartição dos lucros pelo uso dos conhecimentos que têm sobre plantas e animais e cria um fundo para fazer esse pagamento.
Eles entregaram uma carta, lida durante a audiência, em que se manifestam contra a lei 13.123, de 2015, e pedem a revogação do texto. Segundo os indígenas, o texto foi feito sem a devida participação dos povos tradicionais do Brasil e não valoriza os conhecimentos dessas populações sobre plantas e animais, além de desrespeitar as crenças e a forma de lidar com a natureza.
A índia pankararu Cristiane Julião, da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo (Apoinme), veio do interior de Pernambuco para participar da oficina e foi até o Ibama, mas não entrou no auditório. “Achamos que seria uma afronta, um desrespeito com nós mesmos, participar e consensuar sobre algo que somos contra. Nos 48 minutos do segundo tempo nos trouxeram apenas para dizer sim. E nós dizemos não.”
Cristiane disse que os povos tradicionais não foram consultados durante a elaboração da lei. Segundo ela, foram feitas oficinas regionais, mas dizer o que é a lei, não para construir a legislação. “O que aconteceu na oficina nacional foi uma comunhão dos anseios das populações tradicionais, em que todo mundo 'falou com uma boca só' que essa lei não nos contempla, não nos atende, além de ter burlado a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que o Brasil ratificou, e que traz em detalhe como fazer consultas a povos indígenas antes de fazer leis e empreendimentos que tenham impacto sobre nós e nosso conhecimento ancestral”, afirmou.
O diretor de Patrimônio Genético da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Rafael Marques, disse que a audiência foi organizada em parceria com os representantes indígenas para garantir que tivessem espaço no debate. “A oficina nacional foi custeada pelo governo federal. Se dependesse deles sozinhos terem que se organizar para encontrar recursos e logística para participar da audiência, não seria viável, a gente sabe que muitos vivem em condições difíceis”.
Segundo Rafael Marques, eles participaram da oficina por três dias e no quarto dia, hoje (22), entenderam que era uma “mensagem política importante” declarar que discordam de vários pontos da legislação. “Eles entendem que a maneira como a lei foi construída no Congresso não atendeu aos principais pleitos deles, então foi uma forma de protesto”.
Consulta pública
O Ministério do Meio Ambiente divulgou nessa quarta-feira (21) a primeira sugestão da Casa Civil para a regulamentação de alguns pontos da Lei da Biodiversidade. A proposta do governo é um ponto de partida para a discussão e foi feita a partir das contribuições de diversos setores da sociedade que chegaram por meio da consulta pública que está aberta desde o dia 12 de junho no site do ministério. “A Casa Civil definiu uma minuta de texto básica para ajudar a orientar a discussão para que as pessoas tivessem uma ideia melhor do que seria uma modelo de regulamentação e como poderia funcionar”, afirmou Rafael Marques.
Ele disse ainda que o ministério sistematizou as contribuições recebidas e assim puderam ter uma ideia de qual eram os pontos mais polêmicos, ou que despertavam maior interesse. “O governo federal está em busca de um “mínimo múltiplo comum para criar uma legislação que atenda de maneira mais democrática os diversos setores”.
Foram listados os pontos principais que precisam ser regulamentados, como a composição do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, o funcionamento dos cadastros e autorizações para acesso ao conhecimento tradicional associado.A proposta da Casa Civil está disponível na internet com espaço para críticas e sugestões. Qualquer pessoa ou organização pode enviar contribuições até o dia 30 de outubro na página do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com Rafael Marques, a composição do conselho, autoridade máxima da legislação de acesso ao patrimônio genético e a conhecimentos tradicionais e repasse de benefícios, é o ponto mais polêmico. “Há diversas posições.Há o medo de o Conselho se tornar muito técnico e pouco representativo politicamente, ou muito político e com pouca tecnicidade, também há preocupações de que seja muito grande, o que inviabilizaria a tomada de decisões, entre outras manifestações”. Segundo ele, a participação dos povos tradicionais no conselho está garantida. “A lei determina que eles participem com direito a voto e voz”, afirmou.

Edição: Aécio Amado - Agência Brasil

Fogo Sagrado é aceso em Palmas para o início dos Jogos Mundiais Indígenas




Palmas (TO) - Índios de diversas etnias participam de cerimônia de acendimento do fogo ancestral indígena (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Índios de várias partes do mundo participaram de cerimônia de Acendimento do Fogo Sagrado, em Palmas Marcelo Camargo/Agência Brasil





Poucas pessoas compreendiam o que se passava  na Praça dos Girassóis, no centro de Palmas (TO), mas de uma coisa todas tinham certeza: aquele era um momento único, singular na história dos indígenas de vários países. 

Em que outra oportunidade as etnias Guna (Panamá), Txche (Nicarágua) e Manoki (Brasil) dividiriam o mesmo ritual? E quando pensaríamos ver os Maori, da Nova Zelândia e os Xavante, brasileiros, frente a frente?
A Cerimônia de Acendimento do Fogo Sagrado, que antecedeu a abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), misturou indígenas brasileiros, argentinos, bolivianos, neozelandeses, panamenhos e muitos outros em uma miscelânea de cores, cantos e danças. Hoje, o povo de Palmas e de várias partes do mundo pode ver a dimensão desse evento.
Várias etnias chegaram à praça para a cerimônia do Fogo Sagrado por volta das 17h20 e, antes do ritual começar, vários indígenas abriam rodas, cantavam e dançavam em apresentações completamente espontâneas e simultâneas. Filmando e fotografando, centenas de pessoas tentavam entender o que se passava e acompanhar tudo que acontecia.
“Eu acho perfeito trazer esse evento para cá. É um marco histórico para a cidade”, disse o servidor público Alex Tosta, 36. O piso da praça, inclusive, traz vários desenhos de tribos do estado. Segundo a organização dos jogos, a praça foi escolhida pelos deuses indígenas para o acendimento do Fogo Sagrado e, por isso, o local só foi divulgado horas antes de sua realização.
Pouco antes das 18h, o articulador dos JMPI, Marcos Terena, reuniu as várias tribos para o início do ritual sagrado, enquanto a população local se aglomerava para entender o que se passava. O fogo estava sendo preparado. Então, os Maori iniciaram um ritual tradicional. Fazendo caretas e empunhando lanças e outros objetos, os Maori abriam caminho entre a multidão e dominaram as atenções. Homens brancos e índios assistiam fascinados à performance neozelandesa.
“Tentamos mostrar nossa força interior arregalando os olhos e pondo a língua para fora. É para apresentar quem somos, quão forte amamos as pessoas e o quanto queremos doar aos outros. Somos muito espirituais. Então, antes que tudo aconteça, o caminho espiritual precisa ser limpo. Depois disso, nós sorrimos e falamos com as pessoas”, explicou o sorridente maori Thomas Strickland.

Palmas (TO) - Símbolo de vida e da força dos Povos Indígenas, o Fogo Sagrado é aceso pelos pajés e líderes religiosos das etnias que participam dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 Em Palmas, um Maori, indígena da Nova Zellândia, faz careta como forma de mostrar  força interior e se apresentar  aos outros participantes dos Jogos Mundiais, antes de ser aceso o Fogo Sagrado na Praça dos Girassóis Marcelo Camargo/Agência Brasil























Então, os índios Xavantes, em frente aos Maori, começaram seu canto e uma cena improvável acontecia. Maoris encarando e Xavantes cantando, frente a frente, olho no olho. Após esse momento, uma roda se abriu para o acendimento do Fogo Sagrado. Ao modo tradicional, provocando faíscas no atrito entre um graveto e uma pedra, o fogo foi aceso, já no início da noite.
Com isso, uma verdadeira festa teve início, com várias tribos dançando ao redor do fogo, celebrando o momento. “O fogo, para todos os povos do mundo, é extremamente importante. É um conhecimento milenar em todos os povos. E ele é vida, é energia, tem uma energia espiritual e em torno dele se unem todos os povos”, disse a indígena Joana Munduruku, integrante do Comitê Intertribal.
O Fogo Sagrado foi retirado da praça e será levado à Arena Verde dos JMPI amanhã, durante a abertura oficial do evento, marcada para as 17h30. Aos poucos, indígenas, moradores da cidade e turistas deixaram a praça, cientes de terem presenciado um acontecimento inédito e marcante em suas vidas.

Edição: Jorge Wamburg  Marcelo Brandão - Enviado especial da Agência Brasil