“Os solos de montanha são susceptíveis às mudanças climáticas, à desflorestação, às práticas agrícolas não sustentáveis que afetam a fertilidade e provocam desastres como inundações e deslizamentos de terra, o que leva à pobreza”, adverte o diretor-geral da FAO.
Os solos de montanha representam as frágeis fundações dos ecossistemas, que na última instância proporciona água para mais da metade da população mundial. Um novo livro da FAO divulgado nesta terça-feira (23) oferece uma perspectiva técnica de gestão sustentável dos solos de montanha que abarcam uma ampla gama de atividades humanas, desde o cultivo da quinoa nos Andes, até as estações de esqui europeias, passando pela colheita de plantas medicinais no “teto do mundo”, a cordilheira de Pamir no Paquistão.
O livro “Compreender os solos de montanha“, publicado pela Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em conjunto com a Secretaria da Aliança para as Montanhas, a Aliança Mundial pelo Solo e a Universidade de Turim, traz uma série de estudos de caso de todo o mundo que abordam aspectos humanos, produtivos e geológicos.
A publicação faz parte de uma contribuição ao Ano Internacional dos Solos 2015 das Nações Unidas que busca conscientizar sobre a importância de preservar um recurso natural fundamental que reúne nutrientes e microrganismos que fazem possível a agricultura e a vida vegetal.
“Os solos de montanha são particularmente susceptíveis às mudanças climáticas, à desflorestação, às práticas agrícolas não sustentáveis e aos métodos de extração de recursos que afetam a fertilidade, provocam a degradação da terra, a desertificação e os desastres como inundações e deslizamentos de terra, o que leva à pobreza”, adverte o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, no prefácio do volume.
O livro tem como objetivo “promover a gestão sustentável dos solos de montanha em nome dos povos de montanha, que frequentemente são marginalizados, excluídos dos processos de decisões e programas de desenvolvimento, e estão cada vez mais afetados pelos desastres relacionados com o solo”, relata Ermanno Zanini, especialista em geleiras e riscos naturais e professor da Universidade de Turim.
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