Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos anuncia objetivo de reduzir 32% de suas emissões até 2030. Greenpeace estima que o País poderia ter meta de 40% para 2025.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos anunciou, hoje, o ‘Clean Power Plan’ (Plano de Energia Limpa, em tradução livre) cujo objetivo é a redução de 32% das emissões de gases de efeito estufa das usinas de energia em todo o País até 2030, tendo como base 2005. “O presidente Obama dá sinais de que quer mais ambição no combate aos combustíveis fósseis e às mudanças climáticas, no entanto quase metade do prometido já foi atingido”, afirma Pedro Telles, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Além disso, cálculos do Greenpeace indicam que uma queda de 40% poderia acontecer até 2025.”
Se a administração do presidente Obama quer de fato deixar um legado positivo nas negociações climáticas e um planeta habitável para as próximas gerações, ele deve impedir a extração de novos combustíveis fósseis e a perfuração de petróleo no Ártico. Na semana passada, ativistas permaneceram pendurados em uma ponte e em caiaques durante 40 horas bloqueando um navio quebra-gelo da Shell que estava a caminho do Ártico para iniciar as perfurações.
“Obama precisa mostrar que tem tanta coragem quanto nossos ativistas e que vai manter o petróleo do Ártico no subsolo e intocado. Foi o próprio presidente que lembrou que nossos filhos vão perguntar: ‘nós fizemos tudo o que podíamos quando tivemos a oportunidade de lidar com este problema?’”, diz Annie Leonard, diretora-executiva do Greenpeace Estados Unidos.
O lançamento do Clean Power Plan é um indicativo de que Obama quer consolidar suas ações em relação às mudanças climáticas. “Mas até que ele tome medidas para garantir que as reservas de combustíveis fósseis não serão exploradas, seu legado é tão vulnerável como uma camada de gelo do Ártico”, continua Leonard. Além disso, o presidente deve usar sua liderança para mostrar que os Estados Unidos não vão apenas participar da Conferência do Clima ao final do ano, em Paris, mas que vai tomar atitudes ambiciosas e encorajar todos os países a fazerem o mesmo.
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