O procurador-geral do Egito ficou ferido hoje (29) quando seu carro foi bombardeado, anunciaram as autoridades, depois de terroristas islâmicos terem jurado vingança contra os representantes do poder judiciário. A explosão destruiu pelo menos cinco veículos e várias vitrines de uma rua no distrito de Heliopolis.
O procurador-geral Hisham Barakat foi levado para o hospital com um ombro deslocado e um corte no nariz, disse um responsável do Ministério da Saúde à agência de notícias local.
No hospital, um guarda-costas ainda ferido contou à agência noticiosa AFP como foi a explosão: "Houve uma explosão enorme. De repente tinham vidros voando por todos os lados. Foi como se fosse um tremor de terra".
A explosão veio ou de uma bomba em um carro estacionado ou de uma bomba escondida embaixo de um dos carros da comitiva, disse o responsável pelo departamento de bombas local, o general Mohamed Gamal.
O procurador indicou milhares de islâmicos para serem julgados, desde o golpe que tirou o antigo presidente Mohamed Morsi do poder, em 2013, resultando em sentença de morte para centenas de pessoas.
O ataque desta manhã foi o mais violento contra um alto funcionário das autoridades judiciais do Egito, desde que os jihadistas tentaram assassinar o ministro do Interior anterior em um ataque suicida, no final de 2013. O atentado foi reivindicado pela organização Ansar Beit al-Maqdis, com sede no Sinai, que jurou fidelidade ao Estado Islâmico.
Numa mensagem de vídeo divulgada recentemente, e na sequência do enforcamento de seis homens condenados por ataques, o grupo afirmou: "Por Deus, vamos procurar vingança para os nossos irmãos e outros como eles, contra o partido que os sentenciou e contra o partido que implementou a sentença".
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