Graves violações dos direitos humanos e abusos persistem no leste da Ucrânia, incluindo bombardeios, execuções, detenções ilegais e arbitrárias, tortura, maus-tratos, tráfico de seres humanos e a falta de justiça e prestação de contas. Além de privação de direitos econômicos e sociais, afetando profundamente 5 milhões de pessoas que vivem nas áreas de conflito, como mostrou o novo relatório das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira (01).
Entre meados de abril de 2014 e 30 de maio de 2015, pelo menos 6,4 mil pessoas, incluindo 626 mulheres e meninas, foram registradas como mortas além de cerca de 16 mil feridos em zonas de conflito do leste da Ucrânia”, de acordo com o 10º relatório Grupo de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, que cobre o período de 16 fevereiro a 15 maio de 2015.
Em um comunicado de imprensa sobre o relatório, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ra’ad Zeid al-Hussein disse que seu escritório também documentou “relatos alarmantes de execuções sumárias por grupos armados”, assim como “acusações semelhantes contra as forças armadas ucranianas.”
Ele instou todas as partes a buscar um terreno comum, através de um diálogo sustentado, para implementar integralmente o pacote de medidas de 12 de fevereiro para pôr fim as disputas e assegurar que todas as violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional sejam investigadas, independentemente dos seus autores.
No final de fevereiro de 2014, a situação na Ucrânia transcendeu do que foi inicialmente visto como uma crise política interna para confrontos violentos em partes do país, chegando mais tarde a um conflito em grande escala no leste. Apesar de um cessar-fogo acordado em setembro de 2014, em Minsk, a situação na Ucrânia, desde então, continuou a se deteriorar, com graves consequências para a unidade do país, integridade territorial e estabilidade. Em fevereiro de 2015, as partes da Ucrânia e do Grupo de Contato Trilateral assinaram um “pacote de medidas para a aplicação dos acordos de Minsk.”
Fonte: ONU
Nenhum comentário:
Postar um comentário