Êxodo, provocado pelos quatro anos de conflito na Síria, levou a agência a lidar com a pior crise em quase um quarto de século. A situação possivelmente se deteriorará ainda mais, a medida que os combates no país não mostram nenhum sinal de diminuir.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) informou nesta quinta-feira (09) que, de acordo com as últimas estatísticas disponíveis, mais de 4 milhões de refugiados sírios fugiram da nação do Oriente Médio desde o começo das hostilidades em 2011.
Este êxodo, provocado pelos quatro anos de conflito na Síria, levou a agência a lidar com a pior crise em quase um quarto de século. A situação possivelmente se deteriorará ainda mais a medida que os combates no país não mostram nenhumSINAL de diminuir. A velocidade com que o número de refugiados aumenta também preocupa a agência, já que há apenas 10 meses, os refugiados do conflito sírio eram 3 milhões.
“Esta é a maior população de refugiados em um único conflito em uma geração”, lamentou o alto comissário para os refugiados, António Guterres. “É uma população que merece o apoio de todo o mundo, mas em vez disso, está vivendo em condições precárias e mergulhando ainda mais em uma pobreza miserável.”
A maioria dos sírios encontra refúgio nos países vizinhos como Líbano, Turquia, Iraque e Jordânia, sobrecarregando a infraestrutura e serviços desses países e gerando campos superlotados. De acordo com os últimos dados disponíveis, somente a Turquia abriga mais de 1,8 milhão de refugiados sírios. A falta de empregos e as condições de moradia inadequadas agravam a situação.
“A deterioração das condições está levando números crescentes de pessoas para a Europa e outras áreas, mas a esmagadora maioria permanece na região”, continuou Guterres. “Não podemos nos dar o luxo de deixá-los, e as comunidades que os acolhem caírem ainda mais em desespero.”
As condições dos sírios presos dentro de cidades sitiadas do país continuam sendo igualmente terrível. O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) advertiu que mais de 12 milhões de pessoas no país precisam de ajuda humanitária – 12 vezes mais desde 2011. O impacto da crise é ainda maior devido à falta de fundos para custear as ações humanitárias no país.
Fonte: ONU
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