FOTOALEXEY DRUZHINYN /EPA
Argumento para aprovar esta nova legislação é a intenção de diminuir as elevadas taxas de mortes por acidentes rodoviários
|
A legislação, que entrou em vigor esta semana, inibe qualquer pessoa diagnosticada com uma série de distúrbios de personalidade e de identidade de género, incluindo travestis e transexuais, de conduzir.
A lista também inclui pessoas com fetiches sexuais, "voyeurs" e pedófilos, além de jogadores patológicos e cleptomaníacos.
A lei surge depois de outra legislação já aprovada na Rússia que discrimina pessoas em função das orientações sexuais.
Em 2012, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei que proíbe que sejam passadas informações sobre homossexuais a menores, apesar da oposição de defensores dos direitos humanos internacionais, bem como de estrelas globais, como a cantora Madonna.
O argumento para aprovar esta nova legislação é a intenção de diminuir as elevadas taxas de mortes por acidentes rodoviários, retirando das estradas condutores com determinadas condições médicas.
No entanto, um membro do conselho dos direitos que trabalha junto do Kremlin veio a público questionar a justificação para esta lei, considerando que aparenta desrespeitar os direitos humanos.
Yelena Masyuk, jornalista e membro do conselho de direitos do Kremlin, destacou a "possível injustiça da retirada do direito a conduzir a pessoas que tenham desordens de identidade de género e preferência sexual".
"Não compreendo porquê, por exemplo, pessoas com fetiches, cleptomaníacos ou transexuais não podem conduzir um carro", disse Masyuk, no seu blogue na página da internet.
A Associação de Advogados da Rússia para os Direitos defendeu, num comunicado, que a proibição "obviamente contradiz normas internacionais". O grupo apontou que a proibição irá abranger vários comediantes e estrelas populares na Rússia.
"Se um homem condutor forVESTIDO como mulher e for filmado por uma câmara da polícia, perderá a sua licença", escreveu um comentador, Kolya Bakhtinov, numa página russa da internet sobre notícias sobre homossexuais. "Mais e mais restrições, olá Coreia do Norte!", acrescentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário